segunda-feira, 22 de março de 2010

Escolhas

Uma vida inteira pela frente. Quantas vezes não nos pegamos estagnados no tempo por conta de escolhas que não conseguimos - ou inconscientemente não queremos - fazer e esquecemos que elas podem mudar nossas vidas completamente? Quantas vezes não nos vemos com medo de nos arrependermos, mesmo sabendo que o maior arrependimento sempre gira em torno das coisas que não tentamos?
Muitas vezes as escolhas nos assustam, afinal, sempre corremos o risco de ser decepcionante o caminho que escolhemos. De vez em quando, aparecem situações em nossas vidas que nos trazem uma imensa vontade de entrar embaixo das cobertas na cama e só sair quando tudo tiver se resolvido, como num passe de mágica. A fuga sempre aparece como uma opção para o ser humano, mas poucos entendem que ela nunca é uma saída, e sim um adiamento daquilo que em algum momento precisaremos resolver.
A questão é: o quanto as pessoas estão dispostas a arriscar por uma escolha?
É importante sempre colocar os fatos na balança. O que você pode ganhar e perder com tal escolha, o quanto essa decisão pode acrescentar na sua vida e as mudanças que podem ocorrer. Também é importante se lembrar que toda e qualquer decisão tomada por você sempre deixará alguém insatisfeito, a não ser quando a escolha se resume em comer chocolate ou arroz doce, ou viajar para a praia ou campo. Quando se trata de escolhas de vida, alguém sempre vai discordar, isso é fato. Cada um cria o que é certo e o que é errado.
Minhas escolhas são baseadas muitas vezes no que consigo ver/perceber. Sou muito paciente, mas não aceito que me façam de fantoche (ventríloquos, afastem-se!). Me afasto de falsas expectativas - quando consigo percebê-las, é claro. Embora eu trabalhe muito com realidade, também procuro seguir o que sinto e percebo que, em determinadas situações, o melhor a se fazer é deixar o coração decidir. Muitas vezes a razão não pode se sobrepor à emoção, pois de nada adianta fazer algo racionalmente correto se emocionalmente tudo parece estar de cabeça para baixo. O risco da decepção também é inevitável, já que a ação nem sempre traz felicidade, mas não há felicidade sem ação, frase de Benjamin Disraeli que já citei em um post anterior. A ação é uma dádiva, ter o poder de escolha é a construção de mais uma história, machucar-se é uma consequência de tentar voar, mas ninguém deve permitir que o medo da queda seja maior que a esperança de ser feliz.
Estou me permitindo sentir. Isso é algo maravilhoso para mim, já que sou alguém que sem querer acaba gerando uma análise de tudo. Sentir e ter ações em cima dos sentimentos que tenho está sendo uma experiência incrível. O medo da queda é inevitável, porém é muito menor que a vontade de voar que possuo. Minha escolha foi feita. Rendo-me.
Viver realmente é uma arte. Mais pensamentos em meu travesseiro nas próximas horas. E como diria Roxette: "listen to your heart..." - tão simples e tão certo!
Cheers!

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