terça-feira, 9 de março de 2010

Modelos

Vocês já perceberam o quanto vivemos de modelos? O quanto as pessoas buscam por um ideal, e muitas vezes o que as faz felizes está longe de ser tudo aquilo que idealizaram?
Pois é. Desde criança, criamos modelos. Começamos por nossos pais. Comparações sempre constantes: "mãe, a mãe do fulano deixa ele dormir mais tarde" ou "pai, o pai do fulano deu tal videogame pra ele". Aí já ficávamos sonhando em como seria ter a vida que aquele amiguinho da escola tinha. No final das contas, percebemos que nada é mais importante que nossos pais, com suas próprias características.
As pessoas também costumam idealizar amizades. Esperam que um amigo nunca possa cometer erros. O que muitos não entendem é que um amigo continua sendo uma pessoa como todas as outras. O que acontece também é que muitos não percebem onde termina o espaço de um e começa o do outro. Simples: é saber respeitar cada um pelo que é, e não pelo que você gostaria que fosse. Claro, não estou dizendo que devemos então aturar falsidades ou qualquer tipo de falta de caráter, pois aí já não podemos considerar como um erro da pessoa; a essência da pessoa é essa. Aí tudo muda.
Como não poderia faltar, a maior idealização de todas: relacionamentos amorosos. Com certeza todo mundo já foi questionado: "como seria um namorado(a) ideal pra você?". De repente, a pessoa começa a se acabar de falar. A pessoa nem respira. Fica parecendo aquela música It´s the end of the world as we know it do REM. A questão é: quantas pessoas conseguem encontrar esse ideal, exatamente do jeito que elas descrevem? Eu mesma já idealizei muitas vezes, principalmente quando era mais nova, e acredito que isso faça parte de todo um processo de amadurecimento. O que percebi é que muitas vezes me apaixonei por pessoas que fugiam de muitos pontos da minha "lista de exigências". Acho até que essas diferenças possuem um poder muito maior que imaginamos, embora alguns fatores como carinho, cuidado, respeito e atenção deveriam ser universais. Bom, ao menos para mim é.
Na realidade, não acredito que exista um ideal. Cada pessoa tem o poder de cativar a outra por inúmeras possibilidades. E, como sempre digo, o amor não pode ter explicações. Quando gostamos de alguém, não explicamos o porquê. Se explica, é que a razão está acima do sentimento, e para sentimento não se pode ter justificativas. Quando gosta, gosta e pronto. A pessoa nos faz bem e podemos tentar descobrir por uma vida inteira o poder que ela tem, e tudo que encontraremos será o infinito.

As coisas não são muito melhores quando simplesmente acontecem? Eu amo o simples.

Cheers!

Um comentário:

  1. Muito sábia Camila...
    Eu sou campeã em idealizar demais todo mundo. Ainda estou aprendendo!
    E desejo toda simplicidade e amor do mundo pra vc! Beijo!

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