sexta-feira, 17 de setembro de 2010
De repente
terça-feira, 6 de julho de 2010
Simples palavra para um, Bíblia para o outro
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Surpresas
segunda-feira, 22 de março de 2010
Escolhas
terça-feira, 9 de março de 2010
Modelos
Pois é. Desde criança, criamos modelos. Começamos por nossos pais. Comparações sempre constantes: "mãe, a mãe do fulano deixa ele dormir mais tarde" ou "pai, o pai do fulano deu tal videogame pra ele". Aí já ficávamos sonhando em como seria ter a vida que aquele amiguinho da escola tinha. No final das contas, percebemos que nada é mais importante que nossos pais, com suas próprias características.
As pessoas também costumam idealizar amizades. Esperam que um amigo nunca possa cometer erros. O que muitos não entendem é que um amigo continua sendo uma pessoa como todas as outras. O que acontece também é que muitos não percebem onde termina o espaço de um e começa o do outro. Simples: é saber respeitar cada um pelo que é, e não pelo que você gostaria que fosse. Claro, não estou dizendo que devemos então aturar falsidades ou qualquer tipo de falta de caráter, pois aí já não podemos considerar como um erro da pessoa; a essência da pessoa é essa. Aí tudo muda.
Como não poderia faltar, a maior idealização de todas: relacionamentos amorosos. Com certeza todo mundo já foi questionado: "como seria um namorado(a) ideal pra você?". De repente, a pessoa começa a se acabar de falar. A pessoa nem respira. Fica parecendo aquela música It´s the end of the world as we know it do REM. A questão é: quantas pessoas conseguem encontrar esse ideal, exatamente do jeito que elas descrevem? Eu mesma já idealizei muitas vezes, principalmente quando era mais nova, e acredito que isso faça parte de todo um processo de amadurecimento. O que percebi é que muitas vezes me apaixonei por pessoas que fugiam de muitos pontos da minha "lista de exigências". Acho até que essas diferenças possuem um poder muito maior que imaginamos, embora alguns fatores como carinho, cuidado, respeito e atenção deveriam ser universais. Bom, ao menos para mim é.
Na realidade, não acredito que exista um ideal. Cada pessoa tem o poder de cativar a outra por inúmeras possibilidades. E, como sempre digo, o amor não pode ter explicações. Quando gostamos de alguém, não explicamos o porquê. Se explica, é que a razão está acima do sentimento, e para sentimento não se pode ter justificativas. Quando gosta, gosta e pronto. A pessoa nos faz bem e podemos tentar descobrir por uma vida inteira o poder que ela tem, e tudo que encontraremos será o infinito.
As coisas não são muito melhores quando simplesmente acontecem? Eu amo o simples.
Cheers!
quinta-feira, 4 de março de 2010
Promessas
Promessas de um novo dia. Promessas de um novo amanhã. Promessas de vida. Promessas de amor. Promessas que vem e vão. Engraçado como muitas coisas que acontecem em nossas vidas são à base de promessas. Enfim, elas são cumpridas?
Muitas pessoas não têm idéia do quanto pode valer uma promessa, o quanto um juramento feito da boca pra fora pode ser levado a sério por alguém. Muitas vezes, uma simples frase pode se transformar em uma bíblia na vida de outra pessoa.
O quanto já confiei nas pessoas? Muito. Vivi promessas de um amor hollywoodiano certa vez. Também já vivi promessas de uma amizade eterna. Vivi juramentos que me trouxeram grandes sofrimentos e decepções. A questão é: para quem você pode abrir sua vida? Quais são as (poucas) pessoas que merecem saber de sua fortaleza e também de suas fraquezas? Quais delas você tem certeza que não terão a intenção de algum dia se aproveitar de suas fragilidades?
Infelizmente, só sabemos quem são essas pessoas depois de muitos tombos. É só depois de confiar em muita gente errada que acabamos confiando nas certas. As pessoas que são dignas de confiança mostram isso através de atitudes, enquanto todas as outras tentam se mostrar o que são através de palavras. Depois de algum tempo, aprendemos a diferença entre aqueles que prometem e aqueles que agem.
Depois de um tempo, começo a perceber como eu passei a viver de realidade e não mais de promessas. Passei a gostar das pessoas que acrescentam experiências em minha vida, e não daquelas que só aparecem para implantar sonhos em minha cabeça. Gosto das pessoas que me trazem uma realidade feliz e abomino aquelas que trazem sonhos que depois se transformarão em pesadelos. Se for pra trazer sonhos, que sejam sinceros, que tenham chances de se transformarem em realidade.
Posso dizer com convicção que as pessoas que me trouxeram passagens ruins na vida só serviram para que eu admirasse mais ainda aquelas que realmente estão ao meu lado. Essas são as únicas pessoas que me importam. São as únicas que não julgam, pois sabem quem sou de verdade. E quando erro, são as únicas que conseguem apontar isso sem precisar de uma metralhadora e, com certeza, nunca buscarão por um erro meu para compensar os seus.
Nenhum texto poderia ser mais perfeito que esse para encerrar meu post de hoje. É um texto muito conhecido, mas sempre genial:
“Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"
(William Shakespeare)
Cheers!
quarta-feira, 3 de março de 2010
Lembranças
Esse lugar é mágico - meu lugarzinho secreto. Se algum dia eu quisesse sumir, seria uma boa opção me procurar aí. Cada vez que olho essa foto, chego a sentir o cheiro do dia em que estive nesse lugar. Não foi nenhum acontecimento que me fez ter esse local como especial, e nem é uma paisagem que chama a atenção, mas a primeira vez que pude sentar embaixo dessa cruz e ficar olhando sozinha para o Sol se pondo, senti uma liberdade como nunca havia sentido antes. É um lugar que, cada vez que piso, me traz a sensação de ser a primeira vez que estou lá: a vontade de fechar os olhos e abrir os braços é grande. Depois, deitar no chão, ficar olhando as estrelas e perceber que esse momento é só meu, sem problemas, sem ninguém para atrapalhar. É meu e de mais ninguém.
Esse local é só uma das minhas grandes lembranças. Me peguei relembrando dos shows, de como eu ficava empolgada para assistir as bandas que eu curtia quando eu tinha 17-18 anos. Nem dormia direito. Fazia de tudo pra chegar na grade e sempre conseguia. Ganhava uma série de coisas dos caras das bandas: palhetas, baquetas, toalhas (tá, meio nojento receber uma toalha suada). Lembro-me que, certa vez, o Steve Vai pediu para o roadie dele me entregar uma rosa com as cordas da guitarra dele. E eu só com 16 anos, achei o máximo! Hoje, vendo essas coisas esquecidas em uma gaveta em minha casa, percebo que o tempo passou e aqueles pequenos tesouros pra mim da época se transformaram em lembranças empoeiradas.
Outro dia um grande amigo me levou para rever a casa em que morei até meus 9 anos de idade. Eu sonho com aquela casa, aquela rua. Sonho com minha infância. Fiquei anos sem passar por ali novamente, até porque meus pais não tem boas lembranças dos anos em que moramos naquela casa, mas foi ali que aconteceram alguns eventos marcantes de minha vida. Ali cresci. Ali aprendi a andar de skate. Só andava com os meninos. Eu e meu irmão éramos amigos de um menino que dizia que queria voar. No dia que ele saiu da nossa casa e foi atravessar a rua batendo os braços como se fossem asas, um carro o atropelou. Nada grave aconteceu, mas a piada ficou eternizada: "pelo menos você conseguiu dar uma voadinha!". Lembro-me da minha avó chegando toda quarta-feira. Chego a sentir o cheiro dela agora. Tudo foi tão importante! Os passeios de bicicleta, as bolinhas de gude, o lango-lango e o bogus, o mega drive, a piscina de plástico que eu invejava do vizinho, as festas do vizinho japonês que eu e meu irmão íamos e passávamos fome porque não tinha garfo, a ninhada da minha Weimaraner, as tentativas de acertar com uma pedra uma casa de marimbondo, as eternas puladas de corda...! Fazem 2 semanas que visitei minha antiga casa. Hoje ela está pintada de uma cor avermelhada, e as casas dos vizinhos mudaram muito também. Meu coração bateu até mais forte ali. Depois disso, não sonhei mais com a casa da Rua Guairapé, 19. Até quando?
Tempos de escola, amigos, descaso com professores (só mais tarde percebi o erro), brigas, risadas, viagens. A primeira vez que me apaixonei, eu tinha somente 12 anos. Não, eu nunca consegui nem pegar na mão do menino que eu gostava. Ele tinha um irmão gêmeo, mas nunca nem olhei pro outro. Lembro-me do dia em que ele me trouxe um convite pra uma danceteria. Ele era 3 anos mais velho que eu, e eu não podia ainda frequentar esses lugares, nem na matinê (medo da mamãe). Eu guardei esse convite por 3 anos. Só joguei fora quando dei meu primeiro beijo, com 15 anos. E o pré-primeiro beijo foi uma das passagens mais legais pra mim. Eu ficava imaginando como seria, se eu beijaria bem. Ficava com vergonha das minhas amigas que já tinham beijado e fingia que também já tinha dado altos beijos. Mal elas sabiam que eu tinha beijado no máximo minha própria mão. Quando beijei, nossa! Meu coração disparou. Eu já me vi de vestido de noiva com o menininho que me beijou. Essa inocência é fantástica. Era.
São muitas lembranças. É engraçado reparar o quanto eu mudei, o quanto tudo isso me fez ser quem eu sou hoje. E hoje estou construindo as lembranças para relembrar amanhã. E com certeza amanhã também serei diferente. Nada melhor que essa constante mutação.
Cheers!
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Afirmações de um Recomeço
Durante essa ausência, pude refletir a respeito de muitas coisas em relação ao quanto mudei de alguns anos pra cá. Minhas "crenças" mudaram. Passei a me importar um pouco mais comigo, embora faça parte de mim fazer de tudo por aqueles que gosto. Enfim, acredito que toda mudança é sempre um recomeço. Disso, selecionei três frases que podem deixar tudo mais transparente:
1) "Be who you are and say what you feel because those who mind don't matter and those who matter don´t mind."
Verdade. Eu acredito que as pessoas que realmente me conhecem nunca duvidarão do que sou. Essas pessoas são as que verdadeiramente me importam. Não aceito qualquer tipo de pré-julgamento. Poucas são as pessoas que conhecem minha vida, minha história. Poucas são as pessoas que sabem o que me deixa feliz, o que me entristece, o que me deixa com raiva e o que me magoa. Poucas pessoas sabem que os homens com quem me relacionei, seja em namoro ou somente alguns encontros que não renderam em compromisso algum, só conseguiram minha aproximação porque achei que valessem a pena, me encantaram de alguma forma, me inspiraram confiança - e isso não quer dizer que eu só saia com alguém planejando algo mais sério. Namoro vem de envolvimento, e ninguém é obrigado a se envolver com ninguém, mas mesmo sem grandes envolvimentos eu acredito que as pessoas devam escolher bem com quem saem, mesmo que seja pra ficar só por uma noite. Deve ser alguém que vai te respeitar e que depois não vai te comparar com qualquer outra. Infelizmente, algumas vezes eu erro: não interpreto bem a pessoa e acabo saindo com alguém que depois vai me descartar por ser "só mais uma da lista" e não vai fazer questão nem de manter uma amizade. Acontece. Poucas pessoas sabem que, quando eu gosto de alguém, eu gosto mesmo e não faço joguinhos. Poucas pessoas sabem o que me emociona, o que me faz chorar. Poucos sabem que eu desisto sim, mas somente daquilo que não merece minha insistência. Desisto do que não me faz feliz. Poucas pessoas sabem de minha luta, o que já fiz de bom, o que já fiz de ruim, do que me arrependo e do que não me arrependo. Poucos sabem das vezes em que caí e precisei reconstruir tudo novamente, um passo após o outro. Poucos sabem o quanto aprendi a dar valor para a pessoa enquanto ela está comigo, e não depois que ela já se foi. Poucos sabem o quanto gosto de demonstrar meu amor por aqueles que tenho em meu coração (família, amigos e quando me apaixono por alguém). Poucos sabem que faço de tudo para não deixar a vida cair em uma grande rotina, pois a rotina é o início do comodismo, e de comodismo eu simplesmente não sei viver. Poucas pessoas sabem o que pretendo para o futuro. Enfim, poucas pessoas conhecem quem sou e o que sou, pois grande parte só consegue - ou quer - ver a superfície.
Encontrei um texto na internet, e parte dele se transformou em minha frase número 2:
"Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é para viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar. Não me dôo pela metade, não sou tua meia amiga, nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada."
Nem preciso comentar. Esse texto é completamente auto-explicativo. Não gosto de trabalhar com meio termo. Ficar em cima do muro não mostra a personalidade de ninguém. Eu vivo de realidade, mas os sonhos são indispensáveis para criar coragem em nós mesmos. Aqueles que não sonham, não tem mais esperança. Se não tem esperança, não se tem nada. Gosto de arriscar, de tentar. Se for pra me arrepender, prefiro me arrepender do que fiz, e não do que não fiz. Me dôo completamente às pessoas que gosto e confio, não tenho "pé atrás" e, se tiver, torno-me nada, pois com aqueles que amo sou tudo.
3)A ação nem sempre traz felicidade, mas não há felicidade sem ação. (Benjamin Disraeli)
E a chuva cai lá fora. 3h23 da manhã. Vou deixar minhas reflexões das próximas horas acontecerem no meu travesseiro. Tinha muito mais para escrever, mas o cansaço não permite mais palavras.
Cheers!
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Desistências...?
Ando feliz com as novas pessoas que venho conhecendo. Outras que já conhecia, mas que estreitei os laços de amizade nos últimos 3 meses. Sem contar os alunos novos, que me fazem ter gosto de trabalhar por serem pessoas tão bacanas. Os alunos antigos nem preciso dizer nada: são amigos. Minha vida vem se renovando e tenho achado tudo isso muito importante. É preciso abrir o coração para novas experiências e deixar um pouco pra lá aquelas que não deram certo. Todos já tiveram um amigo, um colega, um namoro que não deu certo. Aquela pessoa por quem você botou sua mão no fogo e acabou por se queimar feio, simplesmente por ela não valer nem um pouco a pena.
Uma vez li uma frase em algum lugar que dizia: "Eu desisto de coisas que não merecem minha insistência". É verdade. É importante cada um saber a hora de desistir, e entender que isso não é uma fraqueza, e sim uma proteção. É difícil encontrar alguém que desiste de algo que a faz feliz. Se desistiu, é porque havia uma ponta de infelicidade ali, seja lá como for.
Eu mesma já desisti de muitas coisas, mas não me arrependo de nenhuma. O que tenho hoje em minha vida é o que tenho de mais importante, e não fariam parte do meu presente se eu não tivesse desistido de algumas coisas no passado. A vida é feita de escolhas, e não de acomodações.
Outra coisa que realmente acredito é que existem coisas que foram feitas pra você não insistir. É como se houvesse uma energia maior que não quisesse que aquilo desse certo, pois será um mal lá na frente. É importante reparar nesses sinais. Muitas vezes as pessoas confundem teimosia com ter personalidade mas, como diria Nietzche, " a teimosia é firmeza de carácter adulterada pela estupidez.". As pessoas devem tomar cuidado para não se tornarem estúpidas por insistir em um erro.
Eu não insisti nos meus erros. Deve ser por isso que me sinto tão bem agora. Feliz. Ponto.
Cheers!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Acontecimentos
Pois é, acontecimentos. Já passei um bom tempo pensando em como formar um texto em cima dos acontecimentos dessa semana, mas a cabeça cheia não está permitindo a mim uma mente muito fértil nesse momento. Sempre vi o blog mais como um espaço para reflexão do que um local onde listo o que fiz ou deixei de fazer, embora seja muitas vezes inevitável "contar" o dia-a-dia.
Estou muito sensível agora. Odeio esse meu lado fragilizado que me visita de vez em quando. E não, não é TPM. Eu já sou uma pessoa muito sensível por natureza. Choro facilmente e muitas vezes acabo por me magoar por coisas nem tão significativas assim. Eu mesma (ainda) não compreendo o que acontece. É uma tempestade em um copo d'água.
Já melhorei em alguns aspectos. Aprendi a dizer adeus a coisas que visivelmente me fragilizavam, e isso inclui dar adeus a algumas pessoas. O que já me fragilizou, me fez mal, me prejudicou, simplesmente não pode fazer parte do meu presente. Eu não permito mais, nem em memórias. Enterro no passado e de lá não sai mais.
É difícil tentar explicar de onde surge qualquer tipo de sensibilidade. Ninguém tem um auto-conhecimento suficiente para explicar como é possível um dia escutar uma música e simplesmente achá-la muito boa e em outro dia, sem razão aparente, aquela mesma música tem o poder de te fazer chorar. Por isso, eu prefiro não procurar tantas explicações assim para essa fragilidade que me acontece às vezes. Acho melhor pensar que uma boa noite de sono renova as energias. A única coisa ruim é olhar para o relógio agora e ver que já passou da 1:00 da manhã e em 6 horas estarei em pé de novo para mais um dia corrido. Mas não tem problema; o que realmente importa é que será um novo dia, e nada é mais maravilhoso que essa possibilidade do amanhã.
Provavelmente, toda essa reflexão gira em torno da imensa vontade de comer um doce que estou. Mas só no fim de semana agora. Ainda faltam 3 dias. Parece uma eternidade. E os acontecimentos dessa semana ficarão para serem contados amanhã, em um novo post nesse blog.
Comecei o post com um intuito e terminei com outro. O título que coloquei já nem representa mais o que escrevi. Ê disparidade!
Para finalizar o post, deixo um texto muito bom a respeito da sensibilidade e lamento, mostrando que muito disso está ligado a um coração amolecido por ternura:
"Não há dúvida de que é inútil e prejudicial lamentarmo-nos perante o mundo. Resta saber se não é igualmente inútil e prejudicial lamentarmo-nos perante nós próprios. Evidentemente. De facto, ninguém se lamentará perante si próprio, a fim de se incitar à piedade, o que nada significaria, dado que a piedade é, por definição, o voluptuso encontro de dois espíritos. Para quê, então? Não para obter favores, porque o único favor que um espírito pode fazer a si próprio é conceder-se indulgência, e toda a gente percebe quanto é prejudicial que a vontade seja indulgente para com a sua própria e lamentável fraqueza.
Resta a hipótese de o fazermos para extrair verdades do nosso coração amolecido pela ternura. Mas a experiência ensina que as verdades surgem apenas em virtude de uma pacata e severa busca, que surpreende a consciência numa atitude inesperada e a vê, como de um filme que parasse de repente, estupefacta, mas não emocionada.
Basta, portanto."
(Cesare Pavere, em O Ofício de Viver)
Cheers! (eu acho)
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Vida
Exatamente 1 semana sem postar no blog. Acabei fugindo um pouco da proposta de escrever com maior frequência, mas vou me habituando. Na quinta-feira, dia 7, foi meu último dia de férias. Pensei em fazer algumas -muitas- coisas, mas mais uma vez as pessoas tinham algum compromisso e não puderam sair. Eu não me importo de sair sozinha, mas convenhamos que é muito deprê. Quando você está em outra cidade ou outro país, há tantas coisas para conhecer que é possível você passar um dia inteiro andando sozinho. Agora, em sua cidade, chovendo, sem carro e sem grandes lugares pra ir, é difícil matar um tempo. Resultado: fui pra academia e nada mais.
Sexta: Opereta. Bem legal, rever os amigos pós-Ano Novo. Sábado: trabalhei. Domingo: sem grandes novidades. Segunda: trabalho, trabalho e mais trabalho. Terça: não foi muito diferente.
Na verdade, ontem foi um pouco diferente sim. Fiquei à noite no msn, vendo vídeos no youtube e, de repente, percebo que o Orkut apagou um dos meus álbuns de fotos. Haviam 44 fotos lá, algumas que nem tenho mais porque não estavam em meu computador. Passei um bom tempo recolocando as fotos que eu tinha aqui e acabei encontrando uma foto que me trouxe muitas lembranças.
77 anos. Foi o último aniversário que comemorei com minha avó. Nesse último ano de vida, ela estava muito carente. Sentia-se sozinha, queria muitas pessoas ao redor. Eu estava em uma rotina absurda de trabalho-faculdade-trabalho e não conseguia dar a atenção que ela esperava. Um certo dia ela me ligou e me disse que eu não gostava mais dela. Que eu não me interessava em vê-la. Não era verdade, mas era como ela se sentia. Era a sua verdade. Um dia, recebo a notícia que ela havia falecido. Me senti mal como nunca e percebi que a minha correria era tão grande que não permitiu estar com ela por mais tempo. Desde então, sempre digo para as pessoas aproveitarem todos os momentos com aqueles que amam. É importante trabalhar, estudar, mas também é importante viver. É importante fazer com que as pessoas se sintam amadas - se você as ama realmente. E muitas vezes você só percebe o que mais poderia ter feito quando aquela pessoa já não está mais ali.
Deixo aqui algo que escrevi há 2 anos, em um momento de reflexão sobre relacionamentos no geral: amorosos, entre amigos e familiares. Foi em um momento que me senti sozinha e vi o quanto é importante você perceber que alguém se lembrou de você a ponto de realizar alguma coisa: um telefonema, um bilhetinho, uma visita, um presentinho, uma surpresa. Que alguém deixou de fazer algo aquele dia para estar ao seu lado.
Ontem foi diferente porque chorei por uma lembrança. Chorei mesmo, e já faziam alguns anos que não chorava ao me lembrar dessa história.
Viva.
Aproveite.
Arrisque-se.
D
Não se envergonhe e nem tenha medo de demonstrar o amor que sentes. O amor como sentimento é íntimo, seja entre amantes, amigos ou familiares, mas a DEMONSTRAÇÃO de amor deve acontecer sempre, não importando quem está por perto.
Não leve sua vida do jeito que os outros querem que você leve. Afinal, a vida sempre será sua e quem viverá com futuros arrependimentos de não ter amado como poderia amar, de não ter viajado como poderia viajar, de não ter trabalhado com o que queria trabalhar, de não ter mantido amizade com os amigos que eram considerados bons, sempre será você.
Não deixe a vida, o trabalho ou o relacionamento caírem na rotina. São pequenas coisas que fazem toda a diferença, como um bilhetinho inesperado, uma risada fora de hora, um telefonema surpresa, uma viagem repentina.
Planeje, mas se o planejamento não der certo, tenha sempre um plano B nas mangas. Se não tiver planos, vá simplesmente com a coragem de entrar em um caminho sem ter um mapa.
Não crie expectativas. Conselho de quem as vive criando.
Fale o que sente. Chore quando sentir necessidade. Guardar mágoas só traz sofrimento.
Mudanças são inevitáveis. Algumas vêm para melhorar, outras para piorar. Saiba lidar com isso.
Viva.
Aproveite.
Arrisque-se.
(Camila Senne)
Sempre escrevo Cheers! no fim de meus posts, mas hoje ficará sem...
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Férias - era uma vez...
Dormi bastante. Malhei bastante. Nossa, como eu fiquei na academia esses dias! Acho que tirei todo panetone que comi no Natal. As trufas também. Ahn, e o álcool. *abafa* A academia também foi uma forma que encontrei para me distrair. Lá tem pessoas que eu adoro muito. Consegui nessas férias ficar um pouco na lanchonete do André depois da academia, coisa que nunca faço porque sempre estou na correria para dar as aulas. Sempre passo correndo e só dou um oi de longe.
Outra coisa que consegui fazer foi jogar videogame. Nossa, fazia um bom tempo que não ficava jogando por horas. Joguei tanto Wii que no dia seguinte meu braço tava doendo muito. Culpa do Wii Sports. Fazia um tempão que não via o Rodolfo, um amigo de infância que mora no meu prédio, que por coincidência fez faculdade comigo. Eu, ele e o Kazushi (outro amigo de infância, que sempre está nas jogatinas) moramos no mesmo prédio mas, de uns tempos pra cá, temos nos visto com pouca frequência. Isso que dá ficar adulto e começar a trabalhar. :(
Hoje fui ao cinema para ver Avatar. Nossa, superou minhas expectativas. Certamente um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos! Quando vi o trailer, não me chamou muito a atenção. Queria assistir mais pelo fato de ser 3D - eu amo. O Marcello (irmãozinho) já tinha visto, mas quis ver de novo de tão bom que é. Ótimo, lá estava eu toda envolvida com o filme, mal respirando de tanto que eu estava prestando atenção. Estava fissurada. De repente, faltando 15 minutos para o final, a energia acaba. Nossa, eu queria morrer. Como assim um cinema 3D IMAX que o ingresso custa R$30,00 não tem um gerador? Bom, já que estávamos ali mesmo, ficamos esperando a energia voltar para terminar o filme. Nessa boa meia hora de espera (!), só saiu besteira. Primeiro que um tiozinho do cinema entrou na sala e disse que, se a energia não voltasse logo, eles estariam revalidando os ingressos para assistirmos em algum outro dia. Nessa hora um cara grita: "de novo não, já é a terceira vez que não consigo terminar de assistir esse filme aqui!". Aí não teve jeito, já saltou um cara da poltrona dizendo "caramba, se já é a terceira vez que você vem e o filme não termina, é que você é a zica, vamos tirar o cara da sala!". Imaginem meu estado, eu, que quase não dou risada.
Enfim, a energia voltou e pudemos assistir o final de Avatar. Simplesmente fabuloso!
Cheers!